A seleção japonesa de voleibol feminino é uma equipe asiática composta pelas melhores jogadoras de voleibol do Japão. A equipe é mantida pela Associação Japonesa de Voleibol (em língua japonesa, 日本バレーボール協会). Encontra-se na sexta posição do ranking mundial da FIVB segundo dados de 7 de agosto de 2017.[1]
Com a escolha de Tóquio, em 1959, como sede das Olimpíadas de 1964, o Japão, mesmo sem tradição no vôlei internacional (só em 1955 adotou a regra de seis jogadores em quadra – regra criada nos anos 20), entendeu que não poderia fazer feio como anfitrião. Passou, então, a ambicionar a medalha de ouro em casa. E começou a montar um time para isso. O técnico incumbido da missão de levar as japonesas ao ponto mais alto do pódio foi Hirofumi Daimatsu, que como jogador inventou o estilo de defesa com peixinho em rolamento.[2]
Já em 1960, o trabalho de Daimatsu começou a surtir efeito, levando um time principiante em mundiais ao vice-campeonato no Brasil. Seu segredo foi fazer suas jogadoras treinarem sete dias por semana, com carga de seis ou sete horas diárias, com apenas uma semana de folga por ano – há quem diga, entretanto, que a jornada das meninas começava às 4h30 da manhã e ia até meia-noite, com um descanso de 15 minutos. Adepto do taibatsu, era comum vê-lo xingar suas atletas em público, humilhá-las, aplicar-lhes, aqui e acolá, chutes no traseiro.[2] Este duro treinamento tornou a equipe forte defensivamente, uma característica que carrega até os dias de hoje. Seu estilo de jogo foi inovador, com ataques em velocidade e utilização constante de fintas (trocas constantes de posição entre as jogadoras).
Este estilo de jogo fez a equipe dominar o cenário mundial do voleibol durante os anos 1960 e 1970 com grandes atletas de raríssimas habilidades. Em 1962, por exemplo, foram responsáveis pela primeira derrota da URSS em partidas oficiais.[2] Nos Jogos Olímpicos conquistaram duas medalhas de ouro, em Tóquio-1964 e Montreal-1976
Além disso conquistaram por três vezes o Campeonato Mundial de Voleibol Feminino em 1962 na União Soviética, 1967 no Japão, e 1974 no México, e o o vice-campeonato em 2 oportunidades: 1970 e 1978.
Desde então, a equipe não vinha conquistando bons resultados. A baixa média de altura somada ao estilo de jogo de pouca potência física de suas jogadoras tornou o jogo da seleção japonesa superado.[3]
Em 2004, a equipe voltou a classificar-se para os Jogos Olímpicos. O time terminou em quinto lugar na classificação geral.
Em 2009, Masayoshi Manabe, assumiu a equipe e provocou uma revolução tática. Como suas jogadoras são baixas (a média de altura das centrais japonesas, é em torno de 1m78, e a média de altura das centrais das principais seleções, gira em torno de 1m95), ele joga sem nenhuma central, tendo em quadra um time com quatro pontas. Com isso, Manabe prioriza a principal característica do vôlei asiático: a capacidade de defender. Como todas as jogadores em quadra defendem demais, os ataques adversários dificilmente caem e são necessárias, três, quatro tentativas para se conseguir um ponto. No ataque, a levantadora abusa de bolas de velocidade, outro pilar que o estilo de jogo implantado por Manabe prioriza.[4] Desta forma, ele fez a equipe ganhar no passe, no volume de jogo, no ataque pela entrada e saída de rede. Em contrapartida, a equipe perdeu bastante no bloqueio de meio.[5][6]
Contando com o talento das jogadoras Saori Kimura e da excelente levantadora Yoshie Takeshita, já em 2010, no Campeonato Mundial, esta "revolução tática" fez o time voltar a ter resultados expressivos: conquistou a medalha de bronze após vencer a seleção dos Estados Unidos na disputa pelo 3º lugar.
Nos Jogos de Londres-2012, nova medalha de bronze. E no Grand Prix de 2014, um vice-campeonato, onde foram superadas apenas uma única vez, para o campeão Brasil.[5]
Convocadas para a disputa do Grand Prix de Voleibol de 2013 pela seleção japonesa:[9]
Referências
Seleções nacionais de voleibol feminino da Ásia e da Oceania |
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Oceania | |
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